As trompas, geralmente, tem construção baseada em dois modelos mais comuns: Kruspe e Geyer, porém existem outros tipos que mesclam esses moldes, como a Geyer-Knopff, ou a Alexander 403, que tem rotor centralizado.
Kruspe: modelo mais antigo e tradicional, amplamente reproduzido, rotor de afinação antes das 3 chaves, campana geralmente mais larga, geralmente mais preferida por orquestras americanas e grande parte das europeias, melhor nos registros graves e médios.
Geyer: modelo mais atual, hoje em produção crescente (Paxman praticamente produz trompas 100% Geyer), rotor de afinação após as 3 chaves, campana mais estreita, preferida por parte das orquestras europeias, mais adequada para registro médio e agudo.
Essas características não são algo rígido, enorme, absoluto, de grandes proporções, muito menos quer dizer que um é melhor que o outro. É como escolher entre BMW ou Audi, vai do gosto do músico. As diferenças são imperceptíveis entre leigos e até mesmo entre muitos músicos, e geralmente, são indiferentes por orquestras, maestros e trompistas.
Recentemente, Matosinhos trocou a Alexander pelo Engelbert Schmid, e isso não é nenhum absurdo, pelo contrário, apenas uma mudança entre duas grandes fabricantes.
Quando digo que a Geyer é mais adequada para agudos, não quero dizer que todos os seus problemas estão resolvidos. Não é isso: ele pode dar alguma vantagem nos agudos em relação à Kruspe, mas nada que seja absoluto. Conheço trompistas que se dão bem com Kruspe e nem gostam de ver Geyer, e vice-versa. Por exemplo, nos EUA há uma forte tendência pelas Kruspe, ma principalmente porque formou-se essa cultura e as grandes fabricantes de lá optaram por este estilo (Conn e Holton).
MODELOS KRUSPE:
Conn 8D Vintage:
Alexander 103:
Yamaha YHR-668
MODELOS GEYER:
Hans Hoyer G10
Engelbert Schmid F/Bb
Yamaha YHR-667
Alexander 200 F/Bb
Paxman Model 20: